sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PODEMOS FAZER A DIFERENÇA


(Autor desconhecido)

Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula, parou em frente aos seus alunos da 5ª série e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que, na primeira fila, estava sentado um pequeno garoto chamado “Ricardo...”

Morava em pequeno vilarejo na zona rural e a professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e, muitas vezes, suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos...


Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor, que lesse, com atenção, a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu, foi grande a sua surpresa...

Ficha do 1º ano: “Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele...”


Ficha do 2º ano: “Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe, que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil...”


Ficha do 3º ano: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada, se ninguém tomar providências para ajudá-lo...”


Ficha do 4º ano: “Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula...”


Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou, quando lembrou dos lindos presentes de Natal, que os alunos lhe haviam dado, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado...

Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade...

Apesar das piadas, ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquele dia, Ricardo ficou um pouco mais tempo na escola que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe...


Nesse mesmo dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo. Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo...

Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo, contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora da vida dele...

As notícias se repetiram, até que, um dia, ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo...

Tempos depois, recebeu o convite de casamento e, nesse dia, ela usou a pulseira e o perfume, que ganhou de Ricardo, anos antes...

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: “Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença...”

E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou: “Engano seu....! Depois que o conheci, aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma daquelas crianças. Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor, mostrando que, sempre, é possível fazer a diferença...”

JEQUITIBÁS OU EUCALIPTOS ?IDENTIFICANDO O AUTÊNTICO EDUCADOR CRISTÃO

Por: Marcos Tuler

Certamente você já ouviu esta celebre frase: “Educação não é profissão, é vocação.” O que quer dizer isto? Educar não é somente professar, instruir, ensinar? Absolutamente não! A nobre tarefa de educar vai além das raias da informação ou simples instrução. Educar tem a ver com transmissão; assimilação de valores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de “mundos”. Se educar não é sinônimo de ensinar, nos vemos no dever de refletir: Quem ensina? E quem realmente educa? Em que categoria e sentido as funções do professor diferem das do educador?

Professores são como eucaliptos

O educador não deve ser considerado um simples professor, na acepção daquele que apenas ensina uma ciência, técnica ou disciplina. Educadores e professores possuem função e natureza distintas. Eles não são forjados no mesmo forno. E se de fato não são de mesma natureza, de onde vem o educador? Qual a sua procedência? Tem ele o direito de existir? Como pode ser constituído? “Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse”, diz o professor Rubens Alves. “Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo ou programas que pudessem trazê-lo à luz. Eucaliptos não se transformarão em jequitibás, a menos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido: os eucaliptos são árvores majestosas, bonitas, porém absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez sem problemas. Ficam todas enfileiradas em permanente posição de sentido, preparadas para o corte e o lucro”.

Educadores são como jequitibás

Prossegue o mestre Alves, “os eucaliptos são símbolos dos professores, que vivem no mundo da organização, das instituições e das finanças. Os eucaliptos crescem depressa para substituírem as velhas árvores seculares que ninguém viu nascer e nem plantou. Aquelas árvores misteriosas que produzem sombras não penetradas, desconhecidas, onde reside o silêncio nos lugares não visitados. Tais árvores possuem até personalidade como dizem os antigos”. Os educadores são como árvores velhas, como jequitibás, possuem um nome, uma face, uma história. Educador não pode ser confundido com professor. Da mesma forma que jequitibás e eucaliptos não são as mesmas árvores, não fornecem a mesma madeira.

Como identificar os autênticos educadores cristãos

Há diferença entre professores e educadores no que se refere a práxis do ensino cristão? Como podemos distingui-los, identificá-los? É suficiente dominar métodos, procedimentos e técnicas didáticas ou ser um expert em comunicação? Óbvio que não!
Este tema, romanticamente discutido e refletido no âmbito da educação secular, assume maior importância e dimensão no da educação cristã. Nenhum educador cristão deve fracassar diante da tentação de apenas manter seus alunos informados a respeito da Bíblia e da vontade de Deus. Antes deve torná-los, através da influência do próprio exemplo, praticantes da Palavra e perseguidores da vontade divina.

Educadores têm convicção de sua chamada

Com o intuito de edificar e aperfeiçoar sua Igreja, Cristo concedeu vários dons aos homens e, dentre eles, o de mestre: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, “mestres são aqueles que recebem de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus”. Isto significa que, além da vocação e das aptidões naturais para o magistério, o ensinador cristão precisa ter convicção plena de sua chamada específica para o ministério de ensino cristão.

Educadores são dedicados ao ministério de ensino

Muitos são freqüentemente colocados à frente de uma classe por seus líderes, mas não receberam de Deus a confirmação de sua chamada. Não sabem realmente porque foram colocados naquela função. Como identificar os professores genuinamente chamados para serem educadores? Os chamados, enquanto ensinam, sentem seus corações inflamarem pela atuação poderosa do Espírito Santo. Eles amam intensamente sua missão. Têm dedicação em sua prática docente: “...se é ensinar, haja esmero ao ensino” (Rm 12.7b). E o que significa esmero? Esmero significa integralidade de tempo no ministério de ensino, ou seja, estar com a mente, o coração e a vida totalmente voltados para esse mister. Ser ensinador cristão é diferente de ocupar o cargo de professor. Envolve chamada específica e capacitação divina.

Educadores mantêm comunhão real com Cristo

Outra característica que diferencia o educador cristão de um simples técnico de ensino, é que o primeiro, mantém um relacionamento real com o Senhor Jesus. Em outras palavras, significa que Cristo é, em primeiro lugar, seu salvador pessoal, salvou-o de todo o pecado e é também Senhor e dono da sua vida. Há professores que não têm certeza da própria salvação, como poderão ensinar Soteriologia? Outros não oram, não lêem a Bíblia e não têm vida devocional. São técnicos! No magistério cristão, de nada adianta ensinar o que não sente e não vive. O educador nunca ensinar aquilo que não está disposto a obedecer.

Educadores seguem o exemplo de Cristo

A melhor maneira de unirmos as funções de professor e educador é seguirmos o exemplo de Jesus. Ele foi, em seu ministério terreno, o maior professor e pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis para ensinar: costumava, por exemplo, fazer perguntas para induzir a audiência a dar a resposta correta que Ele buscava; fazia indagações indiretas exigindo que seus discípulos comparassem, examinassem, relembrassem e avaliassem todos os conteúdos; exemplificava com parábolas, contava histórias e usava vários métodos criativos. Conforme declarou LeBar, citado por Howard Hendricks no Manual de Ensino, CPAD, “Jesus Cristo era o Mestre por excelência, porque ele mesmo encarnava perfeitamente a verdade. [...] Ele entendia perfeitamente seus discípulos, e usava métodos perfeitos para mudar as pessoas individualmente e sabia como era a natureza humana e o que havia genericamente no homem (Jo 2.24,25).”
Jesus ensinava complexidades usando a linguagem simples das coisas do dia-a-dia. Sua linguagem sempre era tangível à experiência das pessoas – emprego, problemas pessoais, costumes, vida familiar, natureza, conceitos religiosos etc. Seus instrumentos pedagógicos eram os campos, as montanhas, os pássaros, as tempestades, as ovelhas. Em suma, qualquer coisa que estivesse ao seu alcance Ele usava como ferramenta de ensino.

Educadores nunca cessam de aprender
Um autêntico educador, ao contrário de certos professores que se sentem “donos do saber”, são humildes e estão sempre com disposição para aprender. Ele não se esquece que o homem é um ser educável e nunca se cansa de aprender. Aprendemos com os livros, com nossos alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprendemos enquanto ensinamos.
Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. O professor-educador deve estar atento a qualquer oportunidade de aprender. Quando não souber uma resposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe. A ausência do orgulho diante da realidade de “não saber”, facilita e promove a aprendizagem.

Educadores exercem liderança positiva

Liderança positiva é outra peça-chave na constituição dos educadores cristãos autênticos. Tendo consciência ou não, quem ensina sempre exerce liderança sobre quem aprende. Essa liderança, será positiva ou negativa, em função da postura espiritual assumida pelo educador. Os ensinamentos, conceitos, princípios e conselhos ministrados aos seus alunos, dificilmente deixarão de influenciá-los. De que modo pode o professor evidenciar liderança positiva? Eis algumas dicas:
a) Apoiando o pastor de sua igreja;
b) Dando assistência aos cultos;
c) Participando efetivamente no sustento financeiro da obra de Deus (dízimos e ofertas);
d) Integrando-se à igreja: presença e atividades nos cultos;
e) Mantendo-se distante dos “ventos de doutrinas”;
f) Sendo eticamente correto;
g) Vivendo o que ensina (personificar a lição);
h) Tendo um lar cristão exemplar;
i) Apoiando a missão e a visão da igreja local;
j) Não usando a sala de aula para promover revoltas e dissoluções.
l) Colocando como alvo o nascimento de uma nova classe a cada ano.
m) Colocando como alvo a geração de novos professores a cada ano.
Como nos referimos em tópico anterior, o ministério de ensino exige dedicação integral do professor: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus Cristo” (At 5.42). Cabe aos educadores cristãos a responsabilidade de instruir, guiar e orientar o caminho de outros servos de Deus. O professor que não se limita a dar instruções, precisa ser cada vez mais consciente de sua tarefa, não no sentido de mera assistência, mas em suas atitudes e atos em relação à obra de Deus e a Cristo. O resultado desta missão será energicamente cobrado. Chegará o dia em que cada obreiro do ensino dará contas de si mesmo a Deus: “...cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).

DICAS PARA RESOLVER A INDISCIPLINA

Vinte passos para combater a indisciplina com alunos
1 - Estabeleça regras claras
2 - Faça com que seus alunos as compreendam
3 - Determine uma sanção para a quebra das mesmas
4 - Determine uma recompensa para seu cumprimento
5 - Peça apoio de seus colegas de equipe
6 - Estabeleça estratégias em conjunto com a equipe; os alunos precisam perceber a hegemonia das atitudes
7 - Respeite seus alunos
8 - Ouça-os
9 - Responda ao que lhe for perguntado com educação e paciência
10 - Elogie boas condutas
11 - Seja claro e objetivo em suas intervenções
12 - Deixe claro que o que é errado é o comportamento, não o aluno
13 - Seja coerente em suas expectativas
14 - Reconheça os sentimentos de seus alunos e respeite-os
15 - Não lhes diga o que fazer; permita que cheguem às suas próprias conclusões
16 - Não descarregue a sua metralhadora de mágoas em cima deles
17 - Encoraje sempre
18 - Acredite no potencial de cada um e no seu
19 - Trabalhe crenças negativas transformando-as em positivas
20 - Seja afetuoso(a)

MOTIVAR FAZ A DIFERENÇA

Dicas para melhorar a motivação em sala de aula.
Fonte: Revista Nova Escola.
Dicas:
• Estabeleça metas individuais. Isso permite que os alunos desenvolvam seu próprio critério de sucesso.
• Emoções positivas melhoram a motivação. Se você pode tornar alguma coisa engraçada ou emocionante, sua turma tende a aprender muito mais.
• Demonstre por meio de suas ações que o aprendizado pode ser agradável.
• Desperte na criança o desejo de aprender.
• Dê atenção. Mostre ao aluno que você se importa com o progresso dele. Ser indiferente a uma criança/adolescente é um poderoso desmotivador.
• Negocie regras para o desenvolvimento do trabalho.
• Mostre como o conteúdo pode ser aplicado na vida real.
• Explique sempre os objetivos da atividade.
• Em vez de recriminar respostas ou atitudes erradas, reconheça o trabalho bem-feito.
• Sempre que possível ofereça opções de atividades.
• Seja flexível ao ensinar. Apresente exemplos para estimular a reflexão.
• Use recursos visuais, como desenhos, fotos, gráficos, objetos.
Suas atitudes, decisões e ações em sala de aula são essenciais para criar um ambiente motivador.

COMO NÃO EDUCAR SEU FILHO!

1 - Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer,acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
2 - Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso fará considerar-se interessante.
3 - Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere que ele chegue aos 21 anos e “decida por si mesmo”.
4 - Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5 - Discuta com freqüência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6 - Dê-lhe todo o dinheiro que quiser.
7 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
8 - Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. (Todos têm má vontade com seu filho).
9 - Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê desculpa: “Nunca consegui dominá-lo”.
10 - Prepara-se para uma vida de desgosto.
Livro: Educar pela conquista e pela Fé (Professor Felipe Aquino)